O nosso garoto agora mais do que nunca sentia a necessidade de uma solução. Ele parecia mais pensativo, levantava-se do sofá e caminhava pela sala escura da velha casa. Havia pouca iluminação, apenas a luz da lua entrava pela janela e iluminava uma parede que ficava frente á mesma. Nela haviam retratos pendurados, ele os observa e vez ou outra alguns lhe faziam dar um pequeno sorriso, um em especial lhe causou uma mudança no semblante, fez brilhar seus olhos, refletindo a alegria de sua alma. O retrato era de três jovens: um rapaz e duas moças. Aquelas pessoas com certeza faziam parte do seu passado, do seu presente e iriam fazer parte de seu futuro, e aquele sorriso e o raro brilho em seus olhos denunciavam que era exatamente isso que ele desejava, ele queria levar aquelas pessoas sempre consigo.
As coisas não são fáceis, nem são como nós queremos, e pro nosso garoto não haveria exceção, mas aquele retrato era sua primeira resposta e a peça chave para que tudo fizesse sentido. O garoto pegou aquela foto e a guardou no bolso esquerdo de sua jaqueta próximo ao seu peito e dirigiu-se ao porão.